Saturday 22 August 2009

Contadores... Finalmente

Ok, depois de dificuldades com a implementação de um contador do Extreme Tracking, cujo suporte em conjunto com o suporte do Blogger (que não obtive) não resolveram o problema, decidi mudar para outro(s).

Assim a partir de agora já estão a ser contabilizadas as estatísticas de visitas do blog através de dois contadores:

HiStats e
Motigo

Saturday 15 August 2009

Louco pela Índia?!

Num livro que recentemente me ofereceram é feita uma análise psicológica e psicoterapêutica sobre quem partiu para Índia e a respectiva estadia. O livro começa com um dilema: A Índia enlouquece, ou os loucos é que vão à Índia?


Este dilema é interessante, porque em qualquer uma das hipóteses é estabelecido um axioma que parece inexorável e em que Índia = Loucura (seja antes ou depois).


Será mesmo loucura?

Esquecendo agora o livro e permanecendo apenas na questão, parece-me uma óptima abordagem para começar, pois quase com um certo fatalismo determinístico impõe a condição de louco à minha pessoa. Ora permitam-me concordar plenamente com essa igualdade David = Louco. Sou louco por Mim, sou louco pela Vida, sou louco pelo Amor, sou louco pela Plenitude, sou louco pela Felicidade... Entre os diversos significados da palavra louco, o dicionário diz ‘Apaixonado; Aquele que perdeu a razão’ in Priberam. Ora diz-se dos apaixonados que deixam de pensar, que não raciocinam isso é dizer que perderam a razão, pois então pode-se dizer que Apaixonado = Aquele que perdeu a razão. Agora o que não se explica são as vantagens de se viver apaixonado, mas certamente já amaste alguém, ou nutriste uma estima incomensurável por um animal e sabes as vantagens para ti e para a outra pessoa da paixão, do fogo, do entusiasmo. Há no entanto aqui algo potencialmente perigoso, que é perder a razão, vivermos no nosso mundo actual sem racionalidade e intelectualidade parece ser uma insensatez, as “loucuras” de alguém que se apaixona ainda se toleram sob o “Oh deixa lá, está apaixonado, também já fui assim”, agora alguém que viva e tome maioritariamente decisões na sua vida sobre esse prisma, é certamente um forte candidato a entrar no Júlio de Matos no julgamento da maioria.


David, o Louco?

Então passemos à análise do Louco David. Em 1º lugar não me preocupam minimamente os teus julgamentos sobre mim ou a minha decisão, pois é apenas a tua visão sobre a minha realidade, respeito mas não me condiciona. Em 2º lugar na minha vida procuro ter em atenção a multi-dimensionalidade do meu ser: Corpo-Mente-Espírito, dizem que a mente trata da racionalidade, da lógica, do domínio do intelectual, pelo que para os mais preocupados, a razão não desapareceu da minha vida, agora o que não permito é que ela seja a minha vida. Poderia então auto-designar-me como um Louco Razoável ou Racional, mas será que isso faria sentido?


David, o Sensato?

Terminologias e conceitos à parte, esta é a uma viagem de descoberta pessoal, se preferirem uma viagem espiritual, de alguém que sabe estar a tomar a decisão certa, no momento certo, para ter a experiência que faz sentido neste momento da minha vida. É apenas mais um passo da extraordinária caminhada que tenho vindo a fazer, um continuar de um trajecto, a aparente ruptura (despedir-me e ir para um país longínquo) é apenas isso aparência, pois não estamos habituados a ver a realidade mudar de forma tão visível no campo material, quando no domínio espiritual existe uma continuidade inequívoca, mas se bem reflectido verás que faz todo o sentido. É como quando estudas, quando acabas a primária, continuas os estudos no entanto mudas de escola, professores, colegas, aqui é tal e qual, continuo na mesma escola da espiritualidade, apenas mudou o contexto de ensino :-)


Assim aquilo que inicialmente designei de loucura pode também apelidar-se de sensatez (alguém deixaria de estudar apenas porque tem de mudar de escola?).


A Despedida

A terminar deixo uma pergunta, caso queiras pensar nela: QUEM ÉS? E não, não perguntei o que fazes, não perguntei o que dizes, não perguntei o que gostas, não perguntei o que pensas, a pergunta é: QUEM ÉS? Talvez possa ser difícil perceber, por isso deixo esta situação para ajudar: Imagina que deixaste de ter o teu emprego actual, deixaste de realizar os teus hobbies/actividades favoritas, deixaste de ter os teus filhos, o teu companheiro(a), os teus amigos desaparecem, o que é que fica? Qual é a tua essência, de que “material” és feito? Terás então a resposta à pergunta, depois fazes o que entenderes com ela e só depende de ti seres genuinamente verdadeiro contigo ou não. Por vezes preferimos enganarmo-nos, é mais cómodo (pelo menos parece).


Last but not the Least

Vá umas últimas palavras neste post: Os sonhos de hoje, serão a realidade de amanhã. E o mais maravilhoso é que apenas depende de ti. :-)


NAMASTE

David

Ghota It?

Ghota It é um jogo de palavras feliz para o blog. Ghota é uma cidade indiana que faz parte do meu itinerário por intuição. Ghota It faz igualmente lembrar Got It? Got It? significa, percebeste, alcançaste, conseguiste? E depois com aquele olhar…


Ora Ghota It é então a percepção da profundidade dos meus relatos e viagem, das minhas experiências na Índia. Apesar de adorar escrever e saber que tenho algum jeito, sei que as palavras vão ser insuficientes para descrever as sensações, emoções, pensamentos e peripécias vividas.


Assim Ghota It é um desafio para mim para escrever com o coração, e para ti, para leres, sentires e descobrires o que fica nas entrelinhas, o que vive na magia das palavras e imagens.